quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os números


Questiono a mim mesmo
Sobre a possível origem dos números,
E num movimento regressivo
Procuro entender a razão
De tão perfeito código.
É claro que não quero criar
Com minha dúvida
Um clichê para desafiar os sábios de outrora.
Eis a charada, que conhecemos
Desde a infância numérica,
Que nos faz crescer
Em decorrer de anos contados,
Para formar a idade, quem dera a experiência.
Um nó me dá na razão,
Quando dentro da gramática difícil
De minha língua natal,
Encontro decassílabos que traduzidos
Têm significados únicos, no entanto turvos.
Oblíquos quocientes resultam
Em cima de tão cruel argumento
De questionamento humano,
Onde encontro a dor em algumas subtrações,
Força em minhas multiplicações,
Sempre adicionado minhas filosofias,
Dividindo opiniões.
Mas ainda acho,
Desculpando-me de minha soberba,
Que o homem criou os números,
Para poder contar seus desejos,
E os tornou infinitos,
Para nunca deixar de sonhar.

Um comentário:

  1. Sérgio tow amando suas poesias, o interessante é que elas começam com um teor filosófico e finaliza com um desfecho poético que acaba superando as expectativas anteriormente criada.
    Sem demagogia, Parabéns!

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