quarta-feira, 7 de abril de 2010

Espelho


Quem sou, ora o que o espelho me diz
Apenas considero incerto
Falar conclusivamente
Que sei o que sou, onde estou.
Tudo é parte da substância física, heterogênea firmada
Em inconstantes pensamentos, semblantes confusos.
Funciono como um relógio de humores, sem respeitar
O andar das suas próprias engrenagens.
Em ternas horas me alegro
E ponho-me a escrever versos
Uns tão íntimos, que somente eu os compreendo,
Outros tão vagos, que não há quem os compreenda.
E em horinhas de dispersão, também escrevo versos dispersos
Que tentam celebrar os delírios dos sonhadores
Que consideram sólida toda a sua ingenuidade
E pulam de cabeça dos abismos dos homens formados.
Cruzando o fantástico, e exacerbando emoções.
Não me dê significados, para eu concordar
Pois minha unidade é defendida pela única coisa que tento impor
Minha opinião.
Respeite-me, é a única coisa que peço.
Assim poderei enxergar melhor quem sou,
Através do reflexo que causo aos outros.

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