sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

As Vezes


Não aprendi a medir o tempo,
Assim como viver sob medida,
Mas não me exaspero
Por uma vontade ínfima de extravasar,
Condensar limites, tão logo palavras,
E considerar livros, opiniões,
Poetas, loucos
E meus amores, efêmeros.
Mas vivo o sim,
E transformo, substantifico,
Cristalizo, emolduro minhas emoções,
As quais nem sempre,
Vão se resumir em bem-quereres,
Ou até então em ódio mortal,
Que nem conheço e nem tenho interesse ...
Mas quando puder,
Rezo por isso algum dia poder,
Quero transformar em estrelas,
Os sorrisos de meus amigos,
E em planetas vivos, meus amores
Para que possa transformar em constelação,
A minha atmosfera, meu universo,
Para continuar a contar minhas horas de criação ...
Salve toda a vida, e toda biologia,
Que se equilibra num tênue fio de natureza,
E que compõem as figuras de minha visão ...