Os períodos são longos
E as vezes, os boicotes
O cansaço do espírito se faz
E você se vê boiando num mar de tédio
De insensatez e não aceitação
Porque a sua voz não transpassa
Não racha a tosca casca do ego
E você sedimenta dentro de si
Sedimenta, cala, ouve as vozes dos antigos
Que assombram, flutuam em seus sonhos …
Mas uma hora tudo acontece
Você renasce
Você se encontra por não ter mais alternativa
E quando se aceita,
Percebe que tudo o que você mais temia,
Era ser você mesmo …
Mesmo sendo você …
E que os nós da cabeça,
Sejam apenas os alheios,
Os que não estão na nossa responsabilidade de desatar …
E que lá fiquem …
Afinal, eles não nos pertencem