domingo, 18 de abril de 2010

Melodrama parte 1 - A Névoa


Dúvida, inexistência, caos,
O fim da luz dos olhos do ser cansado,
Conspira-se com as confusões,
Acusações e desespero da ausência.
Caminha na corda bamba,
Esperando alcançar a outra extremidade,
Guiando-se pelo tato, adquirindo equilíbrio,
Este tênue, não-preciso,
Como o disfarce daquele que veste-se de gris,
Perto da fumaça dos vulcões.
O desejo de certeza,
Dentro da improbabilidade do sentimento alheio,
É a sua procura e seu mártir.
Como transformar em prosa,
O poema, já declamado, e cheio de entonação,
Das bocas dos que sofrem
A tortura heterogênea do amar.
Eis que a maior dor e desagrado,
É o amor não-correspondido,
Ou aquele que não pode acontecer.
É claro que na ilusão tudo é possível,
E ser óbvio, para os sentimentos é improvável,
O que podemos deduzir
Somando opiniões e pareceres
De fora de uma historia intensa,
Extremada e singular
É que o amor , símbolo que de quem vive,
Orgulho de quem ama,
Talvez cega o inocente,
Mas enche seu peito de coragem,
Para tentar o impossível.

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