domingo, 18 de abril de 2010

As rosas de Beth


As estações nos trazem vida,
Compartilhando o que a Natureza,
A Mãe Eterna,
Tem por formação e singela propriedade
Em seus ciclos sazonais inexplicáveis.
E uma vez, há muito tempo,
Já fizemos parte dela,
Como seres mais tangentes,
Mas com nosso comportamento adjacente,
Vemos a cada dia sua simbiose,
Sua alternância, sua magnificência.
Nossa inconstância nos impede
Do olhar mais terno
Que nos une, nos evidencia,
Torna-nos imperfeitos, incapazes
De entender a lei das compensações.
Fora deste discernimento,
Criamos uma própria lucidez
Naquilo que desejamos
Ser o nosso ideal.
Mas as estações passam e repetem-se,
Os mundos criados, e as verdades alegres,
Transformam-se e se misturam
Junto com a brisa leve do mar e sabor de família.
E nos jardins do orgulho materno,
Um dia cavados com as próprias mãos
Já roídas pelo trabalho, dos dias já idos,
É que crescem as flores,
Que tudo vêm, contemplam,
Trazem a vida dentro de suas sementes,
E os presentes do futuro.
E lá ficam cálidas, plácidas, mudas
Existindo inteligentes
A observar a mudança dos tempos.

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