sábado, 15 de maio de 2010

Fale ( poesia do Amor sem sorte)


Fale,
Apenas diga tudo o que não quero ouvir ...
Fale, diga abertamente
Direto e francamente
O que esta a se passar por nós.
Não suporto a indiferença
Que mora num instante.
Pois sou ao extremo constante
E perco o meu sono
Ao imaginar, e ensaiar
Uma possível e obvia separação
Do meu Eu do seu Você.
Fale, quebre este silêncio,
Torturante, desesperador
Que corta minha carne,
Rompe minha dignidade
Fere meu ser ...
Rasgue seu verbo,
Bata em mim com sua verdade,
E quebre este cálice de fel,
Que tem sido nossa sonhada vida.
O que posso eu fazer,
Senão pedir que Fale,
Quebre este silêncio carrasco
Que antecede minha solidão.
Fale o que te importa
E declare meus males
Para que deles eu possa
Ao menos, tentar o Perdão.
Acho que Deus fez o arrependimento,
Tendo plena certeza,
Da seriedade de Seus Castigos ...
Mas fale, eis meu ultimo pedido
Para que possa assassinar mais friamente
Aquilo que me sustem de você ...
Pois teu silêncio,
Me serve como as marteladas
Que me pregam em minha cruz,
Que incessantemente
Faz jorrar meu sangue
Que banha este Amor ...

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