sexta-feira, 14 de maio de 2010

Constelação de Virtudes


Em um meio-dia de uma meia estação
Estava Eu a pensar
Sentado em cima de minha pedra de memórias
A observar meus horizontes.
A minha vista se perdia
Partindo das imagens do passado
Cheias de significados
Algumas de sons e espantos
Outras de sorrisos e teimosias,
Indo parar onde finda o meu Sol,
Nos paralelepípedos deste caminho
Ainda vejo, o Eu menino,
A equilibrar-se no meio fio,
Que contornava os canteiros daquela praça
Ainda a caminhar em direção ao oficio.
Tudo se torna uma câmera lenta,
Desta auto-contemplação,
E é claro que a maturidade,
Anda lado a lado com o tempo
Mas reconheço ter dificuldade
De conciliar os números
Os nomes e a importância dos amigos.
Neste ínterim ainda
Permito-me criar novas palavras
Sentenças e equações filosóficas
Que em minha auto-concepção
Serve-me de disfarce para as aflições
E quando é de noite
Deito em meu verde tapete
Feito de mar calmo, espumoso e de serestas
E contemplo meu negro céu,
Me ponho a contar estrelas,
Que povoam minha Vida e Fantasia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário