quarta-feira, 11 de abril de 2012

Egoquilibrium ...


Eu sinto uma dor,
Que na verdade nem é dor,
É decepção por não poder ser,
Fazer ou conseguir,
De certa forma ou no meu todo,
Agradar a todos ...
Um tanto ridículo de se dizer,
Até fútil, assumir isso,
Mas fico frustrado sim,
Fico azedo, torto e incapaz ...
Sem saber o que fazer com as mãos ...
Seria hipócrita se não dissesse assim ...
Pois tento sim, ser um pouco mais aceitável do que já sou ...
E não me enganarei dizendo o contrário ...
Graças a minha mãe, carrego este trauma,
De ter sempre a bandeja, o sorriso e o bem servir,
Que me pressionam com o peso
De seus pratos sujos, engordurados de seus lucros,
E largados sob minha responsabilidade ...
Até começar a quebrar as louças e as cordas ...
Acho que isso é um despertar,
Para mais uma vez buscar pastor,
Para a minha ovelha negra ...
Fazê-la caminhar junto as outras,
Para poder se sobressair ...
E lógico que esses pensamentos,
Efusivos e sem coordenação,
Só acontecem em minha cabeça
Por faltar-lhe algo que a preencha ...
Mas ainda acharei um símbolo
Dentro de meu próprio misticismo,
Que ascenda os olhos e me faça enxergar a mim,
Assim como são citados nos ditados,
Que qualquer criatura altruísta sabe de cor e salteado ...
Mas anseio por este tempo ...
Eu o quero sim, apenas não sei quando me bastará ...

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