quarta-feira, 11 de abril de 2012

Da Vulgaridade Humana ...


Negamos sim, mas todos temos.
Olhamos para fora e notamos,
Repugnamos nos outros,
Muitas vezes, aquilo que não suportamos em nós ...
Um pequeno truque nosso,
Infame e religioso,
Para implantar barreiras, cercados, muralhas,
Onde nos sentimos melhores e mais seguros ,
Assim como o número de perdões dados.
Mas obscuramente, melodicamente,
Passa-se entre o vão dos dentes cerrados,
Algumas vezes, gastos de tão rangidos,
Por muitos esforços em vão,
A mediocridade do orgulho paterno,
Os ensinamentos doutrinados e vis,
Que calam as vozes primeiras do instinto ...
Temos razões vulgares ...
Opiniões vulgares,
Fomes vulgares,
Desejos vulgares,
Olhares vulgares,
Intenções vulgares,
E somos muito piores do que isso,
Quando negamos isso ao mundo,
Que dirá a nós mesmos ...
Fantástica alucinação de ser e estar,
E de dentro do corpo físico,
Gritar ao Mundo :
“Eu estou aqui ...”

Um comentário:

  1. A fome, o grito, as intenções, opniões, desejos, olhares... tudo aí, tudo pra fora. Como sempre um texto pra se viver dele.

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