sábado, 21 de abril de 2012

Caco de espelho

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Quando posso estar aqui,
Lembro e penso, não distante me recordo,
Daqueles que me dão inspiração,
Seja por amor, ódio, resolução,
E porque não, em maior parte indiferença ...
E vejo o espelho que sou, um eterno reflexo.
Serei eu, um oco sem personalidade,
Que nunca age, apenas reciprocamente reage,
E depois de um tempo, retardado de passado,
Revê a conclusão, para lamentar a razão ?
Infelizmente, não sou desses espertos,
Que fazem planos de amanhã,
Juntam dinheiro e dão importância,
E satisfazem-se com viagens e pequenos luxos,
Ninharias de caminhos em mapas traçados,
Sem tesouros abençoados, sem pesquisa e sem louvor ...
Gostaria de um dia poder acordar,
Saber que dormi e sonhei com a realização,
Mas geralmente, minhas noites são curtas,
E meu sono não me pertence.
Mas faço de vagos momentos, tempos ...
Vontade de escrever, sem me fragmentar ...
Tomo notas em qualquer papel, dobro e guardo,
Para nunca mais achar graça no que me escrevi.
Eu acho que o meu Eu, existem outros mais,
Um para o dia, outro para a tarde,
E não me acho uma dessas pessoas,
Que dividem o dia com uma hora de almoço,
Ou que tenham uma referencia em preto e branco,
Meio que cinematográfica, meio trago em botequim,
Ou que tenham tantas histórias pra contar,
Mas me satisfaço com os risos, mesmo que escritos,
Daqueles que me lêem, e que comigo se escrevem assim,
Não que as palavras, sejam o meu pensamento real,
Ou mais do que isso, um realidade alternativa inventada.
Mas eu gostaria de exprimir mais do que isso,
Porque ainda gosto é da lacuna,
Pois nela sim, é que construo,
Um verdadeiro sentido para o meu entender ...





Um comentário:

  1. Risos escritos.
    Nesta hora a imersão no texto é quase que completa. O espelho se volta.

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