quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pedrinhas no Batente


Há muito tempo
Aprendi a apostar
Em tudo aquilo que acredito.
A poupar segurança
Para não se arrepender
Daquilo que queria fazer.
Aprendi com pequenas moedas
Que existem caras e coroas
Que existem valores meus e alheios
Alguns inestimáveis posso dizer,
E que quando os jogamos para cima
Teremos apenas uma resposta :
Ou que sim, ou que não.
Sempre me economizei
De destemperanças e agonias,
Iras e incompreensões vãs,
Pois se existe algo as quais agreguem
Este será no mínimo meu mal.
Neste asfalto de minha estrada,
Prefiro não correr junto da ansiedade,
Para não gastar nem sequer meus passos,
Muito menos minha perseverança.
E isso me recorda,
Quando criança, no batente da porta da frente,
Sentava eu, com meu único par de chinelos,
Meus brinquedos imaginários,
Criava minhas cidades, suas avalanches,
Meus heróis, tais quais os da televisão,
Voavam, eram indestrutíveis e velozes,
Porem não mais fortes
Do que as cinco pedrinhas
Que cabiam em minha mão ...

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