segunda-feira, 28 de junho de 2010

Caderno de Segredos


Eu ainda tenho o hábito,
Péssimo ou não sei bem,
De achar que algumas opiniões,
Dúvidas, equações, frases e paixões,
São assuntos que são só meus,
E que alguns não possam sequer saber ...
Conto com minha memória,
Para enumerar fatos, pessoas, filmes e viagens,
Relacionar meu futuro com o passado,
E resguardar expressões, olhares, e palavras
Para poupar-me do mal da solidão,
E do medo do vazio e da sombra.
Pensamentos proibidos, os quais não considero,
São comuns a mim, e assustam vários
Com quem compartilho idéias e opiniões ...
Não quero divinizar, ou abominar
Os ensinamentos de meu pai,
Pois para ele, a morte,
Talvez o maior segredo da humanidade,
Seria o fim, e a tristeza,
E o que trago dentro de tudo o que escrevo,
Que não seja eterno, enquanto verdade,
Mas que tenha o poder de crisálida,
Para a alquimia espiritual se faça
Naqueles que lêem ...
E como borboleta, multicolor, suave
Possa encantar a visão alheia,
Inspirar crianças e casais apaixonados
Fecundar imaginações, corações
E deixar lagartas, estas vorazes,
Pela seiva viva de todos os conhecimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário