terça-feira, 21 de abril de 2015

O Porquê do Sol não beijar a Lua

Ao acordar todas as manhãs,
Temos obrigações, pelo menos a da disposição ...
E que essa não seja a mesma do despertar,
Pois quando se desperta, aguça-se os sentidos,
E faz-se do dia, horas,
E das horas, a ansiedade ...
E quando se dá o cair a noite,
Procuramos atender alguns instintos,
Tão primitivos que não nos damos por conta,
Como o da necessidade de proteção,
A liberdade aerada de abismo,
Soltar as amarras do espirito ...
Mesmo assim, não ligamos o dia com a noite,
Como se fossem, um conseguinte do outro.
Revelamo-nos ao dia, as vezes escondendo verdades,
Porque um rebanho só existe,
Com a ideia falsa de homogeneidade.
E nos alentamos no breu da noite,
Onde podemos ser nós mesmos,
Onde muitas vezes o medo,
É maior que a coragem, a disciplina, a sensatez ...
O correto ...
Enquanto o dia, tem a moral e a exposição,
A noite tem o tempo e a desobrigação de ser visto.
Dizem que o Sol é masculino, e a Lua, mulher ...
Mas os astros não tem sexo,
E muitas vezes, acho eu, de uma forma obtusa,
Sem foco, apenas abrangente,
Que nós humanos também deveríamos não ter ...


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