terça-feira, 21 de abril de 2015

Balde de Alegrias ( Parte 1 - Renascimento )

Eu parei comparar a minha vida,
E descobri a semelhança com um balde ...
Balde sim ....
Quem não conhece um balde ?
Desde crianças aprendemos a brinca com potes,
Enchendo-os de areia, brinquedos e lembranças ...
Eu acho que a vida é assim ...
Você a enche, depois esvazia ...
Lava e em breve torna a encher ...
Seja do que quer que for,
Serão suas próprias mãos que o carregarão ...
Acho que nunca lavei meu balde ...
Tem umas coisas que estão no fundo,
Grudadas, seladas, que não dá nem pra raspar !
Muita coisa não dá pra jogar fora,
Então, dá-se um jeito de ser forte pra poder carregar,
E quando vai se ver, elas já não tem peso ...
Olhando de cima, eu vejo as mais leves,
Desde o amor dos meus cães,
Risadas com os amigos, viagens com meu amor,
O meu amor, e o amor de mim mesmo ...
Esse ultimo aparece sempre em que paro um pouco,
Remexo a bagunça de tudo o que carrego,
E as vezes, ele me surpreende ...
Eu nunca reparei bem,
Mas parece que tem um furinho no meu balde,
Porque tem dias em que o sinto mais leve ao carregar ...
Devem ser as tristezas arenosas,
Algumas vinganças liquidas, aquelas com gosto de fel,
Ou até mesmo, algum desentendimento gasoso,
Que evapora e eu não percebo ...
Alias, muita coisa eu não percebo,
Inclusive o peso de meu próprio balde ...

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