quarta-feira, 25 de março de 2015

Esôfago

O esôfago me traiu uma vez ...
O que me custou a alma que tinha,
Nesse ato, ele se tornou um nó,
E me derrubou ...
Eu tinha mais coisas pra fazer
Ainda com aquela alma ...Mas faltou o oxigênio,
E nisso eu cai ...
Mas cai pra um abismo que me engoliu,
E só devolveu a carcaça seca ...
Forma de pele oca ... cheia de ecos vazios.
Mas acho que sou seco mesmo,
Desde o dia em que nasci,
Tanto é que não sinto nem o frio
Que os normais sentem ...
Mas acho que somos iguais as velas,
Onde a parafina
É a nossa alma mais nossa coragem,
Que quanto tempo mais passarmos acesos,
Mas nos desgastaremos e teremos medo.
Mas o esôfago um dia me pagará ...
E quando for fazer nó,
Mostrarei que tenho uma garganta de ferro,
E que aprendi a respirar com pulmões novos ...
Essa é a minha prova no momento ...
Neste momento ...
Neste sempre ...



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