quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Vítima

Ao se entrar na Tristeza,
Faz-se um grande exercício,
Há quem chame de esforço,
O de mudarmos os olhos, assim a visão,
Do momento, da circunstancia, situação.
Buscar discernimento aéreo,
Um respiro, oxigênio,
Uma forma desse não sofrer,
Uma linguagem cheia de alívio,
Uma correspondência de balsamos nas feridas,
Mas algumas não estão visíveis,
Ou racionalmente acháveis,
Pois etão incrustadas no espírito,
Causam dores incessantes,
Náuseas de existir, inconformidades e inércia.
Mas para afastarmos esses males,
Temos de estar dispostos a preencher,
E encher lacunas, auto-completar,
Estes espaços com material simbólico,
Eficaz, verdadeiro e não menos lúdico.
Agirmos certo, pensamos certo,
Praticarmos um egoismo saudável,
Com a profilaxia examinada e concreta,
E evitarmos os maus hábitos diários,
Assim como quem sofre do fígado,
E toma colírio pra sanar suas dores ...



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