terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A cria

Fortaleza, sim pareço ...
Bons hábitos, sim os tenho ...
Medos, tenho disfarçados ...
Contradições, choro em segredo...
Tenho um domínio instável,
Tranquilo, morno e insosso
Da minha própria vida,
Que a qualquer folha caída,
Sinto a inconstância de meus galhos.
Sou gente, mas pareço planta,
Porque dependo da fotossíntese diária,
Da expurgação dos meus males,
De minhas tristezas,
Resultados das minhas expectativas,
E dos sonhos de quereres impróprios ...
O controle de sua própria Vida,
Tem aspectos estranhos,
Onde você percebe que,
Tudo o que criou,
É sua responsabilidade, sua culpa,
E você tem de suportar,
Admitir, manter e gerenciar,
Sentimentos, sonhos e pessoas,
E sonhos de pessoas,
E expectativas suas ...
O que entristece o seu coração,
Muitas vezes, é o resultado
Daquilo que ele mesmo construiu,
E que o outro não vê...
Mas, quem sabe um dia,
Após mais erros e preces,
Horas sem sono, trabalho,
Cafés, músicas e solidão,
Eu aprenda a aceitar a culpa,
E consequências,
De tudo o que crio ...

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