quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Quando se brinca de ser mágico

O som do trovão me lembra muita coisa ...
Lembro da infância rústica, primeira ...
Aquela de andar descalço,
No chão de terra, areia e pedrinhas,
Unhas sujas e idéias mirabolantes ...
Confesso que até hoje,
Ainda acho que tenho um pouco daqueles poderes ...
E inclusive mantenho as unhas sujas,
Porque não posso perder este tesouro (...),
O de ler os pensamentos alheios,
E de achar que os raios são energia pura,
E que poderia cria-los saindo das minhas mãos ...
Mas lembro que nos sonhos,
Eu corria feito animal felino,
E saltava feito fera,
Mas voava alto e sem peso,
Planando numa tranquilidade mortal,
Afinal sempre fui de rapina ...
Mas essa mentalidade infantil me auxilia até hoje,
Pois esse pequeno baú de madeira encantada,
Nunca hei de perder,
Nem esquecer onde o coloquei ...
E por incrível que pareça,
Ainda é dentro desses pensamentos,
Diretos, conclusivos e sem freios,
Assim como as crianças,
Que percebo que há sempre mais em mim,
Por ser descoberto, senão por mim mesmo,
Do que aquilo que posso mostrar aos outros ...

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