domingo, 21 de fevereiro de 2016

Pilastra


Eu tenho histórias,
Assim como todos têm ...
Mas em algumas, não nego,
Prefiro inventar um personagem,
Para que possa acreditar,
Que eu sou quem eu sou ...
Esse sou, vem carregado de muitas coisas,
Lotado de minhas questões,
Em algumas vezes percebo-me frágil,
Porém nunca perecível ...
Um tanto excêntrico,
Mas com escolhas óbvias e banais ...
Se pareço ter forças,
É porque penso nas plantas de meus pés,
E vejo a inofensividade de meus tornozelos ...
Eles arquitetam meus passos,
E sustentam meu corpo,
Que tem a leve propensão,
De cair pro lado esquerdo.
Meu personagem conta histórias,
Umas minhas, outras inventadas,
Mas que sirvam pra ligar pontos,
Lugares, pessoas e amores ...
Pois estes são sempre difíceis de encontrar
Mas em meu projeto
Arquitetônico imaginário,
Engenhoso em confabular sonhos,
Não consigo enxergar força,
Pra carregar a maldade humana,
Nem a divina inventada
Por humanos que não sabem nada perder ...
Deve ser porque
Enquanto me mantiver paralelo,
Nu e constante a meu personagem,
Serei mais autêntico,
Mais livre e menos arrogante ...

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