sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Medo de pó



Amanheci com medo hoje,
Não aquele comum, igual medo de escuro,
Um que não sei explicar,
Mas me faz sentir vivo ...
Tão vivo quanto minha necessidade de pressa
E de acordar ...
A pressa que tenho é o resultado
Do atraso que não tenho ...
E meus nãos, fazem-me olhar as pessoas,
E achá-las ridículas e necessárias,
Tais quais alguns de meus desejos,
Mascaradamente duplicados ...
É meio que olhar sem ver,
E sem a nefasta mania de raio X,
Que me é inerente ...
Não é um exercício de contemplação,
Pois estou triste comigo mesmo ...
É o ato em si, da própria visão,
Onde o que se adora,
É a poeira ...

2 comentários:

  1. ei, Sergio ...
    td bem ?
    que saudade de ler sua poesia..
    ela nos faz olhar prá dentro e pensar um pouco em nós...
    assim como o Marcelo... também sumi...
    desculpe ... tenho deixado a louca vida me
    levar...
    também tenho muitos medo...
    me sinto um pouco covarde por te-lós,
    o medo nos faz assim mesmo... olhar para baixo, para a poeira... precisamos aprender a ser valentes e olhar somente para o céu... e meditar na grandeza que é a vida.
    seus textos estão cada vez mais lindo e profundo...
    grande abraço,

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  2. Olá primo Taurus !!!
    Seja sempre bem vindo ... e a vida louca leva quem tem vida não é ? rs
    Talvez no dia em que aprendermos a sonhar e buscar, aí sim teremos esta tal coragem ...
    Enquanto isso, vamos batendo cabeça até encontrá-la em alguma esquina, fantasiada de oportunidade...
    Abraços querido !!!

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