sábado, 24 de março de 2012

Aniversario da Ovelha Negra


Estranho dizer-se ovelha negra,
Uma vez que rebeldia não seja o meu forte,
E sim o que tem dentro de mim ...
Que não seja de praxe achar interessante ser avesso
Mas apenas diferente ...
Pois indiferente daquilo que se auto proclama,
Ovelha mesmo que negra,
Precisa de rebanho pra se desgarrar,
E um pastor para dele fugir,
E esse já não o tenho ...
Ao conversar com alguns vejo neles fantasias,
Esperanças corroídas de solidão,
Assim como os portões de ferro fechados,
Oxidados com a urina dos cães.
Falam-me de quantidades,
Assim como os garotos que querem mostrar proezas,
Mas com coisas as quais não me arrisco ...
Assim defino, que minha ovelha vive solta,
Mas não bale, sibila ...
E tem dias que anseia por carne e sangue,
Pois por natureza mórbida e imprecisa
É carnívora ...
Mas que cada um seja capaz de ter visão de si mesmo,
Penso neles e oro por eles,
Mas não por misericórdia,
Porque a própria em si, é cruel de se sentir ...
E sim pela direção para cada espírito inquieto,
Incompreendido de si mesmo,
E que se pergunta que horas são,
Sem mirar o tempo que corre em suas veias ...
Pois é esse que os afoba ...
E estabelecem num tipo de loucura,
Linguagem própria para alguns,
Uma rotina cíclica de auto punição e gozo,
Pois os dois os atordoam ...
Mas que isso seja parte de mim,
E que eu ande paralelo com o perigo da voz da má influência,
Porque isso me dá metamorfose e viscosidade ...
Malicia de mim ...

2 comentários:

  1. As primeiras cinco linhas já deixaram-me extasiada. Juntar-me-ei ao rebanho das/os negros hoje, para comemorar. Lindo!

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  2. Lindo, lindo, lindo, lindo. E lindo é o que de mais pequeno posso escrever. Lindo.

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