domingo, 19 de julho de 2015

Profecia


Eu queria definir uma forma de desejo,
Onde o desejo sendo desejo,
Fosse algo mais certo,
Inflexível, marcial e então menos eu ...
Eu tenho um defeito de compreender ...
A não-astúcia de tudo explicar ...
E coerências falhas ...
Mas ainda almejo mais do que isso,
Pois o tempo não me corrige ...
Apenas me protela e eu assim consinto ...
Entre a água e o fogo, sou barro ...
Argila seca, que com um se forma,
E com o outro se consolida ...
Mas nunca, nem um e nem o outro ...
E também gostaria de acreditar menos no tempo,
Como um curador de obras primas,
E deixar que as execuções de atitudes pérfidas,
Sejam realmente existíveis ...
E nisso aprender a guardar as minhas agulhas,
E meu talento de remendar ...
E também esquecer a passagem de volta,
E também o outono e o inverno,
E fazer menos ... cada vez menos,
E talvez, embora duvide,
Mais por mim ...

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